1. A formação do bairro tem origem no início do
século XVI quando João Ramalho vivia na região do Planalto Piratininga com
índios Guaianases. Com a distribuição de terras, os homens brancos dominaram a
região, valorizada principalmente por estar no caminho do mar. A ocupação
facilitou a expansão de fazendas e o comércio na região.
2. Há boas opções de bares para beber e petiscar.
No Bar do Magrão, uma das cervejas da carta de
140 rótulos acompanha bem o escondidinho de bacalhau (R$ 39,00). No Coronel Santinho, são dezesseis opções de
drinque.
Lascas de bacalhau refogado
coberto por purê de batata, ovo de codorna, azeitona verde e pimentão vermelho
do Bar do Magrão (Foto: Daniel Pera)
3. Tradicional no centro, a Casa da Mortadela abriu uma filial no Ipiranga há
treze anos. No sanduíche mais amado dos paulistanos, 450 gramas do embutido vêm
acompanhados de queijo e vinagrete por 9,50 reais.
4. Pertinho dali, o Hambúrguer do Seu Oswaldo reúne os esfomeados de plantão.
A receita do cheese salada, criada há quase 50 anos, permanece intacta: no pão,
90 gramas de patinho, queijo prato, maionese, alface e molho de tomate fresco
de produção própria.
5. O Parque da Independência é um dos tesouros do bairro. Na
área de mais de 21 mil metros quadrados há registros de vários animais, como
borboleta-pavão, saguis, gambás-de-orelha-preta e até bicho-preguiça. Os
jardins, desenhados pelo paisagista belga Arsenius Puttemans, foram inspirados
na área verde ao redor do Palácio de Versalhes, em Paris. O parque é também o local predileto dos skatistas da capital.
Lazer no parque
Parque da Indepêndencia é reduto de skatistas
(Foto: Divulgação)
O skatista Bulu
6. Nas dependências do parque, o Museu Paulista da Universidade
de São Paulo,
inaugurado em 7 de setembro de 1895, é o mais antigo da capital. Também
conhecido como Museu do Ipiranga, é casa de 125 000 peças entre objetos,
iconografia e documentação textual. Atualmente está fechado para reforma, mas
ainda é possível apreciar a fachada da imponente construção.
7. Nos primeiros anos do século XX, o Ipiranga,
região ainda pouco habitada, abrigava várias olarias, o que contribuiu com a
ocupação operária do local. Apesar de já sediar algumas fábricas, foi a partir
de 1935, com a chegada de grandes indústrias ao bairro, que se iniciou o
processo de desenvolvimento.
8. Entre os restaurantes italianos do local
destaca-se a Cantina do Magrão, que tem no cardápio pratos como
o bem servido capelete de quatro queijos, cogumelo-de-paris e páprica picante
(R$ 81,00).
9. Desde 1970, a Sorveteria Damp serve os gelados mais pedidos do
bairro. Entre os sabores, opções inusitadas, como manjericão, rapadura, queijo
brie com damasco e até gorgonzola mais nozes. Um dos mais pedidos, criado em
homenagem à história do bairro, é o gelado do príncipe: sorvete de chocolate
branco belga com creme de avelã.
10. Dono de vários estabelecimentos no bairro,
Osvaldo Nico Gonçalves, o Delegado Nico, mantém quatro casas gastronômicas por
lá: Sala Vip, Bar do Nico, Nico Pasta e Basta e Nico Hamburgueria. Ele é um dos reis do pedaço.
Figo sobre biscoito recheado de
creme de mascarpone do Nico Pasta & Basta (Foto: Augusto Fidalgo)
11. Inaugurado em 2006, o Aquário de São Paulo é o maior da América
Latina. Os dois milhões de litro d´água são a casa de 3 000 exemplares de cerca
de 300 espécies de animais, entre eles os filhotes de jacarés albinos.
12. Nascido em 7 de julho de 1859, Vicente de
Azevedo foi um professor, advogado, compositor, filantropo e político
brasileiro. Proprietário de muitos imóveis, doou parte deles à caridade. Por
sua preocupação social, foi nomeado Conde Romano pelo Papa Pio XI. Hoje, suas
memórias são preservadas no Museu Vicente de Azevedo, pouco conhecido dos
paulistanos.
13. Para comemorar o centenário da Independência do
Brasil, em 1922, foi inaugurado o Monumento à Independência. Esculpido em granito e bronze
por Ettore Ximenez, sofreu alterações de José Wasth Rodrigues. Abriga uma
cripta com os restos mortais da imperatriz Dona Leopoldina, os de D. Pedro e os
de Dona Amélia de Beauharnais, segunda esposa do imperador.
14. O Mercado Municipal do Ipiranga é um dos queridinhos do bairro.
Com variedade de lojas que vai de açougue a floriculturas, o local recebe
campanhas de vacinação e comemoração de datas especiais. Aliás, em homenagem
aos 430 anos do Ipiranga, o mercado recebe, no dia 27 de setembro, a 8ª edição
da Feira do Livro.
15. No quadro Independência ou Morte, de Pedro
Américo, é possível perceber um casebre atrás dos épicos cavalos de Dom Pedro
I. Especula-se que a construção seja a situada hoje na Praça do Monumento, no Parque da Independência. Intitulada de Casa do Grito, é feita de pau-a-pique e
integra o Museu da Cidade.
A Casa do Grito: local foi
reconstruido e não apresenta mais as características originais (Foto: Sérgio
Tauhata)
16. Em 1827 foi inaugurada a primeira escola
elementar pública exclusiva para mulheres. Com cerca de 1 800 alunos, funciona
hoje como Escola Estadual Seminário Nossa
Senhora da Glória, ensinando crianças e jovens até o ensino médio.
17. Primeira indústria de grande porte a se
instalar na região, a Fiação, Tecelagem e -Estamparia Ypiranga Jafet é um marco
da cidade. Fundada pelos imigrantes sírios Benjamim, Ricardo e Nami Jafet em
1906, a fábrica possuía um dos maquinários mais modernos da época, empregando 2
500 operários.
18. O mestre-padeiro Rogério Shimura mantém no bairro
a Levain, uma escola de panificação e
confeitaria. Às sextas e aos sábados é possível comprar as guloseimas
produzidas por lá. Entre os campeões de venda, a baguete poolish (R$ 8,00): de
fermentação natural, leva 72 horas para ficar pronta.
19. A Estação Alto do Ipiranga, inaugurada em
2007, é uma das mais profundas do metrô com 34 metros subterrâneos, o
equivalente a um edifício de onze andares. É também a primeira a se preocupar
com a sustentabilidade: uma cúpula de vidro, com dezoito metros de diâmetro e
nove de altura, garante iluminação natural ao local. Diariamente, 19 mil
pessoas utilizam a estação.
Estação Alto do Ipiranga,
inaugurada em 2007 (Foto: Divulgação)
20. No início do século passado, no centro da
cidade, loteadores enchiam o bonde de pessoas para levá-las ao Ipiranga. A
intenção era vender as baratas casas geminadas no bairro até então pouco
habitado. Entre as travessas da Rua Bom Pastor, ainda hoje é possível visitar
as vielas onde os padeiros e leiteiros deixavam suas mercadorias.
21. Doze construções centenárias foram tombadas em 2007,
transformando o bairro em um museu a céu aberto. São elas: Instituto Padre Chico, Educandário Sagrada Família, Internato Nossa Senhora
Auxiliadora, Antigo
Noviciado Nossa Senhora das Graças Irmãs Salesianas, Antigo Grupo Escolar
São José, Instituto Cristóvão Colombo, Seminário João XXIII –
Congregação dos Missionários de São Carlos, Clinica Infantil do
Ipiranga, Seminário Central do Ipiranga, Antigo Juvenato Santíssimo
Sacramento, Colégio São Francisco Xavier, Instituto Maria
Imaculada.
22. Um dos espaços de cultura e lazer mais
frequentados da Zona Sul, o Sesc Ipiranga oferece aos visitantes inúmeras
atividades: sala de leitura, piscina, solário, quadras poliesportivas,
teatro e cafeteria, entre outros, preenchem o espaço de oito mil metros
quadrados.
Sesc Ipiranga oferece ótima
infraestrutura para os visitantes (Foto: Divulgação)
23. Para matar a fome sem frescura, o Kaskata's Lanches, em funcionamento desde 1979,
serve aos clientes um extenso cardápio com opções variadas. São hambúrgueres,
beirutes, sopas, saladas, omeletes, PF's... vale pela tradição!
24. O Ipiranga foi o primeiro bairro de São Paulo a
ter uma bandeira própria. A pira gravada no centro simboliza as cores e o local
da Independência do Brasil e está posicionada à frente do Monumento do
Ipiranga. O hino exalta o "berço do Brasil, onde o Sol da liberdade
despontou".
25. O futebol tem espaço garantido no bairro. O Clube Atlético Ypiranga (CAY) foi fundado em 1906 e hoje
funciona como clube e complexo esportivo. Localizado na Rua do Manifesto, conta
com academia, biblioteca, pista de boliche, piscinas, quadras e outras atrações.